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Seguro no acelerador

Ao invés de arrefecer, o preço do seguro de veículos pisou no acelerador. A alta acumulada em 12 meses na região metropolitana de Porto Alegre já supera 49% em alguns casos. Isso representa mais do que 10 vezes a inflação geral do período. A alta forte aparece na média nacional, mas varia bastante entre as regiões pesquisadas pelo IBGE. Em algumas, mais do que dobrou. Em outras, o aumento girou em torno de 10%. Mas todos superam a inflação.

Importante lembrar que a disparada não é de agora, começou ainda em 2021. A principal justificativa foi o aumento no preço dos carros, o que influencia também o IPVA, por exemplo. Com a trava na logística mundial e problemas de pandemia na China, faltou peça e carro novo, o que elevou também o preço dos usados. A guerra no leste europeu também dificultou o fornecimento de insumos que compõem o veículo.

Apesar de o furto e o roubo de veículo terem recuado 18% no RS na comparação com o ano passado, pelos dados de Secretaria da Segurança Pública, casos de acidentes com danos materiais aumentaram, porque as pessoas voltaram a circular mais após o distanciamento social. Só na Capital, a EPTC já registra alta de 16% em 2022.

O pagamento de indenizações de seguros aumentou bastante ainda no primeiro semestre. Ou seja, o seguro é acionado mais vezes, sai mais caro para a seguradora e esse custo é dividido entre os clientes. E, quando o preço sobe, a tendência é de que o número de usuários para compartilhar a conta diminua.

Os índices de aumento mostram o passado, mas os reajustes não perderam força. O corretor Jorge Kath, da Bika Corretora de Seguros, conta que uma renovação chegou agora com aumento de 91%. Ele alerta também para o aumento, especialmente para importados, nos valores das franquias, pagas para acionar o seguro.

Há um ano, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) fez uma desregulamentação no setor para dar maior liberdade às seguradoras com apólices customizadas. Na época, se falava em baratear produtos em 40%. A novidade ainda não emplacou.

Enfim, para economizar, a regra básica é pesquisar. O corretor de seguros pode parecer um custo a mais, mas também vale a consulta, já que os profissionais conhecem as opções e têm acesso a descontos. Além disso, renegocie preços e reavalie se a cobertura atual do seguro pode ser alterada para uma opção mais acessível.

Fonte: Coluna Acerto de Contas, Zero Hora.
Texto de DANIEL GIUSSANI - Interino