
Após dois anos e oito dias de interrupção, nosso setor voltou a se encontrar para o tradicional Almoço do Mercado Segurador Gaúcho, no dia 25/3, uma atividade conjunta do Sindsergs e Sincor-RS, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Cem pessoas estiveram presentes – lotação máxima permitida para atender os protocolos sanitários. Na ocasião, foi empossada a nova diretoria do Sindsegrs e realizada uma palestra do superintendente da Susep, Alexandre Camillo.
Coube ao presidente do Sincor-RS, André Thozeski, fazer a primeira manifestação no evento:
- Esse almoço acontece há mais de 70 anos e é uma iniciativa do Sindsegrs. Nós, do Sincor-RS, apoiamos todas as iniciativas que o mercado gaúcho de seguros realiza.
Os ingressos para este almoço esgotaram em questão de horas. Os nossos parabéns a vocês que estão atentos às notícias do nosso mercado segurador gaúcho e são, então, os 100 que estão aqui conosco!
Guilherme Bini, presidente do Sindsergs, destacou os dois anos e oito dias que marcaram o último Almoço do Mercado Segurador:
- As seguradoras se organizaram, adaptaram-se rapidamente na pandemia e se superaram. Os corretores continuaram com suas atividades e gostaria de parabenizá-los pelo trabalho desenvolvido e por terem amparado tanto os segurados. Não vamos parar de falar de seguros. Todos são responsáveis por ofertar proteção. Mesmo neste momento em que tudo está mais tranquilo, é nossa responsabilidade – como seguradores e corretores. É uma forma de proteção e garantia de que os sonhos das famílias podem continuar.
O primeiro Almoço do Mercado Segurador Gaúcho em 2022 marcou também a posse da diretoria eleita do Sindsergs, para o próximo período. Esta é a nominata:
• Guilherme Bini – Mapfre Seguros S.A. – Diretor Presidente;
• Adão Rubens Oliboni – HDI Seguros S.A. – Diretor Vice-Presidente;
• José Dalpiaz – Tokio Marine Seguradora S.A. – Diretor Vice-Presidente Tesoureiro;
• Patrícia Martins Disconsi – Sul América Cia. Nacional de Seguros – Diretora;
• Cleverson Veroneze – Bradesco Seguros S.A. – Diretor;
• Edgar Anuseck Neto – Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais – Diretor;
• Renato Comarin – Sompo Seguros S.A. – Diretor.
Conselho Fiscal – Efetivos
• Eliana Schwingel Diederichsen – Sabemi Seguradora S.A. – Presidente;
• Paulo Roberto Santos da Trindade – Zurich Seguros S.A.;
• Fabiana Rodrigues Barboza de Mello – Seguros Sura S.A.
Suplentes
• Andreia Silva de Araújo – MAG Seguros;
• Fernando Emídio – Liberty Seguros.
Conselho Consultivo
• Guacir de Llano Bueno;
• Jane de Mello Manssur;
• José Carlos Baistroch Tozzi;
• Julio Cesar Rosa.
Alexandre Camillo quer diálogo e consenso
Outro destaque do Almoço do Mercado Segurador foi a palestra de Alexandre Camillo, Superintendente da Susep. Ele lembrou que está há quatro meses no cargo, após ter trabalhado durante anos na iniciativa privada:
- Apesar de tanto tempo já atuando eu nunca tinha tido uma inserção no serviço público. É uma complexidade totalmente diferente. Nos deparamos com boas ações já feitas e consolidadas. Essas ações, vamos deixar como estão e dar segmento.
O Superintedente destacou a importância da Lei da Liberdade Econômica – por representar muito da orientação econômica brasileira atual:
- Às vezes, mexer em algum detalhe pode parecer simples, mas não é. A própria estrutura da Susep também é algo que fui entender, com seus servidores altamente qualificados. É uma estrutura pequena frente à importância do mercado de seguros e das demandas que a autarquia tem enquanto órgão fiscalizador. A Susep conta com 300 servidores o que é muito pouco diante do tamanho, exigência e potencial do mercado.
Camillo lembrou que houve a mudança no colegiado e a composição de um novo quadro de diretoria da autarquia:
- Isso é bom porque irão assimilar melhor as novas ideias e propósitos que temos. Um exemplo de algo que merecia ser alterado é a redação da Circular 642, para inserir a proteção por mais 48 horas úteis após a negativa formal de aceitação do risco pela seguradora. A Susep vive hoje uma mudança de conceito daquilo que tem que orientar nossas ações. O ideal, como tudo na vida, é o equilíbrio – isso que estou propondo para a Susep.
Alexandre Camillo ainda analisou o atual cenário do mercado segurador brasileiro:
- Não cabe a nós ficar olhando pra trás, temos que olhar para frente, em todos os aspectos. Primeiramente, este ambiente, enquanto eu aqui estiver, sempre terá como componente o diálogo e a busca de consenso. Consenso não quer dizer, necessariamente, convergência. É legítimo termos opiniões e interesses diferentes.
Se nós tivermos maturidade profissional e pessoal, a gente entende as necessidades de eventualmente fazer concessões para o consenso. E quero trazer para esse ambiente de diálogo, a busca desse consenso. Tem aquilo que a gente deseja que seja feito, tem aquilo que é possível que seja feito e tem aquilo que é necessário que seja feito”, projetou.
Na sua visão, enquanto governo, é preciso fazer o que for necessário – o que não necessariamente agrada a todos:
- Para o nosso mercado, eu entendo que as oportunidades estão aí, o mundo está em transformação acelerada. O mundo traz também uma exposição de riscos enorme, muitas desconhecidas e impensáveis. Aquele que está exposto a risco, busca se proteger. E não há instrumento melhor de proteção do que o maravilhoso produto de seguro, ao qual nós estamos aqui como representantes.
Camillo encerrou sua fala lembrando que dos mais de 650 mil mortos pela covid19 no Brasil, apenas 70 mil tinham direito à uma indenização de seguro de vida:
- Mais de 580 mil pessoas que faleceram não tinham seguro, nenhuma cobertura. Isso nos dá uma dimensão de o quanto ainda temos por fazer. O mercado deve olhar com atenção para este problema.